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25 de fevereiro de 2017

SOBRE O FINAL DE DESAPAIXONANTE (ou DESPEDIDAS SÃO NECESSÁRIAS) --- SEM SPOILERS!!!



Quando “Despaixonante” me veio à cabeça lá em 2015, a princípio eu não tinha a história com a dimensão que ela possui hoje. Foi uma tremenda aposta no escuro quando, em 7 de abril daquele ano, eu escrevi o primeiro episódio (batizado de “piloto” porque eu encasquetei que o texto brincava entre o literário e o televisivo) e, no mesmo dia, ele foi postado. Meses antes, eu havia postado em meu blog Marvin Cross que eu andava tendo crises e não sei mais o quê, que andavam me trazendo um violento bloqueio criativo. Inúmeras ideias para diversas histórias, mas nada de sentar e escrevê-las, porque eu realmente estava me sentindo incapaz e desmotivado. Essas crises e bloqueios ainda aparecem de vez em quando, no entanto sem a mesma potência da época. O mais engraçado é que, mesmo com ideias alimentadas por meses, algumas por anos, nenhuma foi pra frente. E “Desapaixonante” foi a concepção mais rápida que já ocorrera comigo, pois não só foi concebida como nascida no mesmo dia. Quero dizer, pelo menos os elementos básicos. Decidi que quem decidiria se a história iria continuar seriam os leitores do tal episódio piloto. Se pelo menos umas cinco pessoas curtissem a ideia e apoiassem, eu continuaria escrevendo nem que fosse para essas cinco.
E aqui estamos, chegando à quarta temporada.
Não me pergunte como.
O que eu pensei em cancelar e desistir dessa história, ninguém chega perto de imaginar. E os motivos para isso nunca estiveram na história em si. Porém, fui levando a história com muita luta e esperança― sem medo de usar termos que soem dramáticos ou piegas, afinal eu sou cristão, e os cristãos não têm medo de pieguices em se tratando de esperança, hehehe!!
E mesmo com o pensamento e a vontade de desistir da série, nunca deixei de tentar dar o meu melhor ao escrevê-la. Você pode até não ter gostado de alguns episódios, pode ter achado vários deles muito fracos, mal escritos, chatos etc., mas eu, enquanto autor, tentei ao máximo não ser displicente, sempre tentando entregar uma literatura que, apesar de passar longe de se tornar um clássico ou sequer aparecer na lista de favoritos de alguém, cravou como missão o entretenimento e a diversão, além de uma boa dose de sutilezas que sei que muitas pessoas não perceberam, mas que eu me diverti muito inserindo.
Então estamos chegando à quarta temporada, à temporada final. O livro final. As últimas peripécias. Você que acompanhou cada episódio fielmente e conheceu os personagens à medida que as temporadas foram se alongando, talvez esteja muito curioso pelo final. Talvez nem quisesse que acabasse, sei lá. Sei que eu queria muito. E dessa vez não é porque ainda estou a fim de desistir da história, mas porque me regozijo demais em estar prestes a concluir uma etapa na vida. O fechamento de uma história é uma coisa sublime, pois é nesse momento que ela se decreta de fato como uma boa história ou não. Após o ponto final.
Há muitas questões a tratar, frutos das temporadas anteriores, para enfim terminarmos de pincelar quem são os nossos personagens e o que de fato sempre os moveu na vida. Milena, Sávio e companhia nunca, nunca, nunca, nunca foram personagens construídos em apenas uma ou duas temporadas. Mas assim é na vida também, não? Nós vamos conhecendo as pessoas (e nos conhecendo) aos poucos. Portanto, o que houver de relevante, curioso, misterioso e interessante para ser explorado sobre os personagens, essa temporada final irá trazer. E o desejo de expor todas essas informações é tão grande que faz com que o final da história tenha um toque a mais de prazer pra mim.
E, no centro de tudo isso, espero muito que os acontecimentos prometidos para esses episódios finais façam alguns queixos caírem, alguns olhos esbugalharem, algumas gargantas secarem, algumas gargalhadas explodirem, alguns corações se emocionarem e, quem sabe, alguns olhinhos “suarem”, hehehe... Talvez alguns bufem de raiva ou frustração pelas coisas irem contra suas expectativas, o que também seria perfeitamente natural e aceitável. Coisas bizarras, fantásticas e inesperadas continuarão a acontecer em “Desapaixonante”, como sempre aconteceram, mas acredite: no final, haverá uma explicação para tudo, uma resposta para ajudar a entender todos os eventos que você sempre vivenciou ao lado de Milena e Sávio. Um porquê-chave. Você, no fim, vai entender sobre o que se trata “Desapaixonante”, o que sempre esteve meio nas entrelinhas, disfarçadamente escancarado, mas que sempre cercou a trama de forma dolorosa e, algumas vezes, irônica. Quero dizer, pelo menos eu creio e quero que ocorra dessa forma. Mas, ó, não prometo nada, hein!!
No mais, quero deixar aqui a minha ansiedade pelo início desta quarta temporada. Em breve ela chega. Com mais episódios do que o habitual, porque tem bastante coisa para acontecer. Mas eu já deixo aqui minha despedida antecipada.
E te convido para apreciarmos esta última parte da jornada. Será uma imensa honra!!

Desde já, muito obrigado por ter aturado tudo com paciência até aqui, sério mesmo. Obrigado pelas risadas, pelas críticas, pelas reclamações, pelos tantos elogios e pelo carinho por acolher esses personagens que não existem na realidade, mas marcam forte presença na imaginação de quem os adotou. Deus abençoe a você, meu querido leitor!!


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