O q vc tá procurando? Digite aqui

7 de abril de 2016

DESAPAIXONANTE -- EPISÓDIO COMEMORATIVO DE 1 ANO DA SÉRIE



Olá, senhoras e senhores, meninos e meninas, gatinhas e gatões!! Aqui quem fala é a inconfundível e polivalente Rita Lina. Eu ia incluir “terráqueos e terráqueas” na minha saudação inicial, mas andei vendo o snapchat do Padre Fábio de Melo e não quero parecer uma copiona sem criatividade. Se você já viu o padre-celebridade em ação no snap, sabe do que eu tô falando. Mas, enfim, qual é a boa? Tá todo mundo legal? Ai, meu Deus, que nervoso que tá me dando...
É a primeira vez que vou “narrar” um episódio, apesar de que, daqui a algumas linhas, vocês vão sacar que não se trata exatamente de um episódio e tampouco que ele será narrado, exceto por alguns trechos. No entanto, o autor da história me escalou pra ser a anfitriã deste episódio comemorativo. A série DESAPAIXONANTE, na qual eu sou uma personagem apaixonantíssima, está completando um ano de vida. Para situar aqueles que estiverem lendo este texto bem depois de publicado, hoje são sete de abril de 2016. Ano passado, neste mesmo dia, o criador desta divertidíssima comédia postou na Internet o chamado... Ei, peraí, eu não ia dizer “divertidíssima comédia”, mudaram a minha fala... Pôxa, sério mesmo? Se for pra ser dessa maneira eu me recuso a fazer isso, tô sendo sincera. Tipo, eu acho a história legal e tal, mas daí a usar um superlativo tão forte não rola. Desculpa, mas tudo tem limite. Vou refazer, tô nem aí. Eu quero autonomia. Ninguém zoa minhas falas, entenderam?
Reformulando: ano passado, o criador desta simpática comédia postou na Internet o chamado episódio piloto, só para experimentar a reação daqueles que se propuseram a lê-lo. Foi um episódio-teste, bastante curto. Se você é fã ou acompanha DESAPAIXONANTE com certa regularidade, talvez se lembre de como tudo começou (eu não estava lá, então estou tentando enrolar pra não precisar comentar o que aconteceu nesta primeira situação). Com o resultado positivo para essa “gravidez literária” (putz, quem colocou esse termo bizarro aqui?), o filho foi parido durante um processo chamado de “primeira temporada”, formada por onze episódios e com a diferente proposta de ser uma série de TV para ser lida, em vez de assistida. Ok, reconheço que foi uma sacadinha boa. Após o estrondoso sucesso... Oi? Estrondoso? Quem é que tá sacaneando minhas falas, hein? Olha, eu tô ficando muito chateada mesmo. Esse é meu último aviso.
Após obter sucesso com seus episódios postados online, o autor de DESAPAIXONANTE continuou em frente e foi criando mais e mais episódios, embora tivesse coisas mais importantes e úteis para fazer. E o resultado você tá conferindo agora: a série chegou a um ano, acredite se quiser. Segundo me foi informado, eu fui escolhida para estar hoje aqui porque, após um episódio forte e um tanto sombrio, o autor achou que fosse melhor que eu entrasse em cena, já que, segundo ele, eu represento bem aquilo que chamam de “alívio cômico”. Aff!! É cada uma que a gente tem que aturar. Mas tá beleza, eu aceitei numa boa e vim aqui para trazer a vocês uma entrevista com o bendito criador da nossa série aniversariante. Eu queria mesmo era entrevistar Sávio ou Milena (ou os dois juntos, principalmente depois do que aconteceu com eles em Paradoxal, imaginem que babado...), mas como não sou eu quem faço as regras, vou me contentar com a tarefa. Quem sabe eu ganhe um espaço maior na trama?
Fiquem ligados, leitores queridos. Vou bater um papo com Marvin Cross.


RITA- Olá, Sr. Cross, é uma honra entrevistá-lo para este primeiro ano completo de DESAPAIXONANTE. Como vai o senhor?

Marvin- Oi, Rita. Olha, não precisa me chamar de senhor. E muito menos de Sr. Cross, esse nem mesmo é meu sobrenome. Pode chamar só de Marvin mesmo. E eu estou bem, valeu por perguntar.

RITA- Ótimo. Então, Marvin Mesmo, um ano de DESAPAIXONANTE. Qual é a sensação?

Marvin- Uau!! Eu nem sei como explicar. É uma sensação prazerosa, de estar trabalhando com algo que eu acreditei que poderia dar certo, mesmo que ao longo do caminho eu quase tenha desistido diversas vezes. Esse ano passou rápido.

RITA- Ainda bem que não desistiu ou eu poderia nem estar aqui, né? Diga, Marvin Mesmo, #TeamCap ou #TeamIronMan?

Marvin- Hã? Que pergunta é essa, Rita? (risos)

RITA- Desculpa, só zoando um pouquinho, quebrando um pouco a tensão.

Marvin- Sério? Olha, eu tô bem tranquilo.

RITA- Ah, fale por você, meu querido. Então, algo que tá martelando na minha cabeça é: fui chamada de “alívio cômico” e tô quase surtando por causa disso. É como se eu tivesse que ser engraçada o tempo todo.

Marvin- Hum, eu te entendo. Mas fica tranquila, você dá conta do recado. Não há nada com que se preocupar em ser eleita como “alívio cômico”. Muitas pessoas gostariam de estar no seu lugar.

RITA- Tem razão, Marvin Mesmo, perdoe-me. Voltando à parte séria da entrevista, qual o balanço que você faz de um ano de DESAPAIXONANTE. Quais foram os pontos positivos e negativos neste um ano?

Marvin- Cara, é uma pergunta que pede uma boa resposta...

RITA- Na verdade, eu quero boas respostas para todas as minhas perguntas, Marvin Mesmo...

Marvin- Ok. Bom, deixe-me pensar... Certo. Os pontos positivos estão relacionados ao carinho que os leitores têm pela história, à maneira como todos aqueles que tiveram contato com a série demonstraram uma boa reação a ela. E foi isso que me moveu a ampliá-la, eu nem sonhava em escrever tanto assim. Mas depois levei o trabalho muito a sério, firmando um compromisso comigo e com quem admira o meu trabalho. Quanto aos pontos negativos, bem... Eu gostaria de ter mais tempo de escrever, sem falar que seria bom ter mais feedback dos leitores, pois um escritor precisa saber o que as pessoas estão achando do material que ele tá produzindo.

RITA- Por que você decidiu que a série deveria ter poucos episódios por temporada?

Marvin- Outra boa pergunta, Rita. Eu imaginei que, mesmo com uma premissa interessante, DESAPAIXONANTE não poderia se tornar cansativa, então optei pelo formato mais curto de temporadas, porque assim a garantia que o público não vai largar a história é maior (risos).

RITA- De onde veio a brilhante ideia de criar a minha personagem? E por que minha participação não tem o tamanho que merece? Aliás, quando é que eu vou narrar um episódio de verdade, que não seja algo comemorativo?

Marvin- Eita!! Não acha que exagerou nas perguntas que puxam a sardinha pro seu lado? Ok, vamos às respostas: na verdade, sua personagem veio muito repentinamente, pois você apareceria somente no episódio 2.07 (“O tipo de coisa que Anna faz”), apenas como mais uma pessoa da época de colégio dos protagonistas, mas os leitores e eu gostamos tanto de você que então decidi te tornar permanente. Sua participação na história é justamente aquilo que você já comentou. Apesar de DESAPAIXONANTE ser uma série de comédia, é necessário que esse teor cômico encontre um ou dois personagens em quem se ancorar com mais frequência, alguém que seja quase uma piada ambulante, entendeu? E não se preocupe, tenho planos ótimos para o seu futuro.

RITA- Ainda não entendo. Por que motivo eu sou tão “engraçada”? Eu me acho tão comum.

Marvin- Porque você é uma alma incompreendida, querida. E muito peculiar. As pessoas estranham, e expressam isso rindo de você. Mas elas te adoram, pode acreditar.

RITA- Isso soa como consolo barato, mas vamos em frente. Falando em comédia, por que escrever uma história nesse estilo? E como você sabe se ela está cumprindo o papel de divertir?

Marvin- Todo mundo sabe que eu não sou comediante ou humorista, mas isso não me impede de arriscar um pouco a fazer algumas gracinhas, literariamente falando. Diversos leitores já me disseram que riram com essa ou aquela cena, com tal frase dita por tal personagem. A premissa da história já é por si só uma pequena piada, pois todo mundo já desejou não estar mais apaixonado por alguém, então quando você pega uma situação universal e coloca um jovem casal de amigos para narrar os próprios acontecimentos, dá pra usar isso a seu favor, colocando-os para comentar seus sentimentos e opiniões diretamente para o leitor, ou seja, tudo que eles dizem é muito espontâneo, não existe um narrador formal suavizando o que acontece. E tem uma série de outras coisas que contribuem: DESAPAIXONANTE abusa das referências ao mundo real, à cultura pop e às tecnologias do nosso tempo. Isso traz as pessoas ainda mais para dentro. Acho que tô indo bem, tendo em vista que não quero me tornar oficialmente um profissional da comédia.

RITA- Muito bem, Marvin Mesmo. Agora, sobre Milena e Sávio. Você tem algum preferido entre os dois? Como você os definiria?

Marvin- Essa sua pergunta sobre quem é meu preferido é bastante capciosa, Rita. Será que não tem algum deles espionando nosso papo nesse exato momento? Sabe, não gostaria de magoar qualquer um dos dois (risos). Bem, é óbvio que eu tô brincando. Eu gosto de ambos de formas diferentes. Eles são como filhos para mim, apesar de estarmos na mesma faixa etária. Porém, ambos reúnem características que eu mesmo carrego. E ambos possuem traços em comum que os põem numa posição de constante empatia mútua, talvez até uma certa proteção de um com o outro. Tanto Mile quanto Sávio têm as famílias desfalcadas e relacionamentos não muito bem estabelecidos com seus respectivos irmãos, então eles se complementam naquilo que falta a cada um. Muitas vezes, quando lemos as narrações de um ou do outro, pensamos que dominamos todo o conhecimento referente àquele personagem, mas a verdade é que ninguém conhece ninguém por completo. O ser humano é muito complexo, então eu tento trazer essa complexidade para as vidas do Sávio e da Milena e nas interações que eles têm entre si e com as demais pessoas. Eles têm seus problemas e conflitos e suas razões particulares para reagir de modo A ou B quando algo que os atinge para valer, como qualquer pessoa tem, e no fundo eles são boas pessoas. Outra coisa que admiro neles é a independência que eles alcançaram ao resolver tocar o próprio negócio que, vamos admitir, não deve ser nada fácil de administrar.

RITA- Palavras comoventes, Marvin Mesmo. Outra boa pergunta: precisamos conversar sobre o episódio 3.05 (“Paradoxal”). Gente do céu!! O que foi aquilo? Por que fazer algo tão dolorido e cruel?

Marvin- Rita, uma das funções da literatura é emocionar. Apesar de usar o rótulo de comédia, DESAPAIXONANTE trabalha com seres humanos. E mesmo sendo personagens de ficção, não dá pra manter seus personagens o tempo todo numa vibe cômica ou algo dessa natureza. Você precisa retratá-los vivenciando as coisas que todo mundo vive, entende? E, sim, eu tava a fim de ver se fazia algum leitor chorar (risos)... Outra coisa importante é que o episódio tem dois momentos dramáticos: um no meio, que trata temas extremamente delicados para a sociedade, o qual foi abordado na história justamente por haver a necessidade de se dedicar mais atenção à doença da depressão. E o segundo momento dramático foi no final, durante o diálogo mais difícil que eu já escrevi para a série, que rolou entre Milena e Sávio. A história vai manter o tom de humor, é claro, mas ela também se permitirá navegar por outros recursos que tragam diferentes emoções. Eu curto escrever um drama, hehehehe...

RITA- Mandaram te perguntar qual é a chance de haver um episódio em flashback mostrando Sávio e Milena no Ensino Médio.

Marvin- Que legal!! Olha, eu adoro escrever flashbacks. E desde a 1ª temporada eu já tava com planos de mostrar alguns pontos importantes da história num episódio quase que totalmente situado no passado. Vamos aguardar.

RITA- Qual sua temporada favorita? É verdade que a 3ª será a última?

Marvin- Cada uma delas tem algo de especial pra mim. E a 3ª nem mesmo acabou ainda. O que posso dizer é que cada temporada tem uma imensa importância para o todo da série. A primeira foi a responsável por fincar o sucesso obtido com a proposta da história. A segunda foi a chance de aumentar as possibilidades, ampliar os conflitos, criar novos, introduzir personagens para ajudar na engrenagem e começar a mostrar a fragilidade naquilo que os personagens e os leitores tinham como certo. E agora, na terceira, teremos várias mudanças com os personagens, a história começará a se abrir mais para que o leitor tenha um panorama maior do que realmente está acontecendo em DESAPAIXONANTE.
Quanto à chance de a 3ª temporada ser a última, isso ainda está incerto. Tenho muitas ideias, mas preciso ter certeza se a história ainda aguenta uma 4ª temporada. Do contrário, a atual terá 5 ou 6 episódios a mais do que as anteriores, para que o final seja satisfatório e não apressado.

RITA- Entendo. Você é um amor, Marvin Mesmo. Pena que a gente tem que encerrar por aqui, pois eu tenho uma festa de aniversário pra ir e não quero me atrasar.

Marvin- Olha só, alguém fazendo aniversário no mesmo dia da série, que maneiro!!

RITA- Sim, é minha amiga Daniela Belo. E eu preciso estar belíssima porque vou marcar presença VIP. Eu cobrei baratinho. Mas, enfim, você poderia fazer suas considerações finais, por favor?

Marvin- Ei, eu conheço a Daniela. Manda meus parabéns pra ela, tá? Bom, pra finalizar, gostaria de agradecer a todo o povo que dispõe de tempo para acompanhar a história e que torce pelo seu sucesso. Este um ano de DESAPAIXONANTE é inteiramente dedicado a vocês, leitores. Até a próxima!!

RITA- Bate-bola, jogo rápido.

Marvin- Ah, mas não mesmo! Tchau!

RITA- Ei, Marvin Mesmo. Volte aqui!! Mas que coisa!! Só porque manda na coisa toda. Isso é abuso de poder, hein!!

Infelizmente, o Marvin Mesmo fugiu da raia. Ele tem muita sorte de não ter sido capturado para ser escravo em Valpixia. Com essa insolência, não duraria muito tempo por lá.
Gente, foi isso que preparamos para vocês. Desculpem se vocês esperavam mais, acho que até eu esperava... Tomara que vocês tenham se divertido. Aproveitem e deixem suas felicitações pelo primeiro ano da série DESAPAIXONANTE. Eu vou indo nessa. Um beijo grande e a gente se vê por aí!!


Nenhum comentário: