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14 de setembro de 2012

crônica: AMOR ALÉM DO FACEBOOK



A guria era vegetariana e queria aplicar um teste naquele rapaz que ela acabara de conhecer. Conhecer pessoalmente, que fique claro. Ela o convidara para almoçar num restaurante natureba, após baterem um longo papo bebendo água de coco. Ela queria conferir os hábitos alimentares do cara. Ele teve sorte: pôde escolher uns pedaços de peixe para acompanhar aquela comida à qual não era muito afeito.
Como mencionado, aquele encontro (que não teve início no almoço, explico nas próximas linhas) foi o primeiro que tiveram pessoalmente e em particular, sem a presença dos amigos em comum. O guri na verdade a vira pela primeira vez no Facebook. Paixão à primeiríssima vista. Sim, eu disse Facebook.
As pessoas em geral torcem o nariz para relacionamentos originários de antros virtuais, até mesmo os protagonistas desta crônica. Mas relacionamentos são relacionamentos. Muitos são megarreais e não duram um mês sequer. Este, muito pelo contrário, está chegando a um ano. Memoráveis conversas permearam o contexto virtual do casal, recheados de todo tipo de tentativa por parte do guri para impressionar sua musa. Foi, inclusive, pela internet, que ele teve sua atitude quase suicida de se declarar pra ela com um poema que não deixava dúvidas sobre suas intenções.
O rapaz havia ficado extremamente contente quando ela o convidara para sair. Ela! Foi no dia seguinte ao seu aniversário de 20 e poucos anos. Ganhara um cartão caprichadinho escrito à mão, com as primeiras marcas que ele viria a reencontrar em muitas outras mensagens que lhe fossem escritas pela mesma autora. A moça ainda se mantinha resistente, pulso firme, havia chegado ao encontro toda dona da situação. Ora, ela não ia dar trela tão fácil ao que poderia ser uma enrascada. Ponto pra ela, ué.
Como ele se achava no lucro de ter ganhado um encontro com a garota de quem estava a fim, resolveu ficar na dele, agindo quase que passivamente a maior parte do tempo. A intenção do garoto era vender seu peixe sem causar más impressões em sua nova “amiga”, ele tinha alguma espécie de plano.
O andamento do plano do garoto parece ter sido bem-sucedido, tendo em vista que daquele primeiro encontro muitos se seguiram, sempre encerrados com abraços nos quais ela já denunciava algum tipo de carinho maior que amizade. Até que um belo dia (bem antes do primeiro de muitos apaixonados beijos) ela não aguentou e parou de embromar: estava apaixonada por ele. Ainda que tenha feito essa afirmação de um jeito peculiar, hesitante, enquanto eles saboreavam uvas.
O primeiro beijo foi atípico no que se refere a histórias de amor. Rolou numa manhã de sol pesado, num local que inspirara o rapaz a escrever um poema sobre um certo fim de tarde. No entanto, quem ousará insistir que um beijo que acontece de manhã não pode ser lindo e inesquecível? Até porque o majestoso Rio Amazonas estava ali diante deles, o que já lhes dava uma vantagem gigantesca no quesito “cenário ideal”. Foi a partir desse primeiro beijo que laços de fidelidade, cumplicidade, afinidade, desentendimentos normais e amor foram se unindo. Este beijo que o rapaz e sua atual namoradíssima deram aconteceu no dia 15 de Setembro, e desde então até hoje (um maravilhoso ano depois) eles tem vivido muito felizes, obrigado.


Parabéns para nós, Cássia, meu amor!!! Que 365 dias ao seu lado sejam um constante Bis. Amo-te!!

3 comentários:

@le Br@g@ disse...

Parabéns ao casal,que esse namoro se transforme em matrimônio muito em breve.Que Deus lhes abençoe por vários outros 365 dias juntos.

Anônimo disse...

' Texto bom demais. Delicioso de se ler. Parabéns. Continue por esse caminho. Abração. =)

Tiago Quingosta disse...

Que lindos! Parabéns!!! Adoro demais vocês. Eu devo meu relacionamento ao pré-cadáver chamado Orkut. Hahaha. 2 anos e 3 meses graças ao Orkut, e à poesia obviamente.