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30 de dezembro de 2011

UM BRINDE AO ADEUS



Poucas coisas são unânimes entre os seres humanos. Acredito que uma delas seja o final de um ano, pois não vejo ninguém chorar, espernear e se desesperar para que um ano não acabe. As pessoas aceitam esse fim muito mais facilmente do que a morte de alguém, mesmo esse ano tendo sido o melhor de suas vidas. Final de ano é um período em que muitas promessas e desejos surgem nos corações. Gente que enxerga uma esperança vindoura, “se Deus quiser comprarei meu carro ano que vem”, “em Janeiro começarei aquela dieta”... Não importa, dos sonhos e promessas mais bobos aos mais nobres. Muitos chegam ao fim do ano da mesma maneira que o iniciaram. Algumas pessoas viveram amarguras tenebrosas, perdas terríveis e das mais diversas, mas algumas lições puderam ter sido tiradas. Se ainda não se tirou lição alguma das agruras vividas, talvez haja alguma centelha na qual reside a fé de que ainda aprenderão algo. Muitos atravessaram 2011 carregando fardos de dúvidas, rancores, mágoas, dívidas, dissabores, preocupações, mas que perto do fim conseguiram vencer, rir do que passaram e ainda incentivar outros que ainda não obtiveram êxito. Muitos não passaram por qualquer situação sinistra. Comeram, beberam, dormiram e viveram 365 dias como quem bate o ponto religiosamente no emprego, sem nada de tão anormal.
Mas convoco-vos nestas poucas linhas a fazermos um brinde. Seja lá o que você tenha passado, chorado, sorrido, sofrido. Seja lá quantas vezes você decidiu algo e mudou de ideia no outro dia. Seja lá quantas vezes você pensou estar certo, mas teve de admitir que estava errado. Seja lá quantas vezes você viu sua mão sangrar de tanto esmurrar pontas de facas. Seja lá quantas vezes você jogou e perdeu, perdeu e ganhou, jogou para perder de novo e ganhou mais uma vez para mostrar que na vida se ganha e se perde... Brinde comigo! Nós nem sequer precisamos de álcool para isso. Precisamos apenas nos abraçar carinhosamente. Um abraço cálido, fiel, de quem carregou a cruz e manteve um sorriso impossível no rosto. Um abraço de quem não via a hora desse ano acabar, pra recomeçar do um literalmente, desta vez se sentindo mais treinado, mais preparado, com as armas certas para a batalha. Que nós possamos brindar um fim que pode representar, se Deus quiser, um novo e brilhante começo.
Felicíssimo ano-novo!!

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