Algumas pessoas pensam que o rock não é um estilo que serve
para louvar a Deus, porque para tal é preciso apresentar uma oferta de louvor e
adoração santa, digna de ser dirigida ao Grande Rei. Beleza. O rock, por suas “origens
profanas”, conforme citei no post anterior, não estaria nem perto de realizar
esse papel de oferta de adoração.
Ponto um: vejamos a palavra louvor: é o ato de louvar, render
elogios e exaltação a alguém por um ou vários feitos. O que isso tem a ver com
música? Bem, existe no imaginário coletivo (provavelmente não só do coletivo
evangélico) que música para adorar precisa ser docemente melodiosa e lenta,
quase romântica. Refletindo bem, será que precisa ser assim mesmo? Creio que não.
Julgo isso pelo sentido da palavra “louvar”.Vale lembrar que músicas assim trabalham muito o emocional, e é complicado entregar a Deus apenas a adoração chorosa de um momento, algo que ocorre com muita frequência.
A maior tarefa da Igreja, que é a de pregar o
evangelho para que as almas sejam alcançadas, é visivelmente cumprida através
do rock. Já vi e ouvi muitos testemunhos de pessoas impactadas por mensagens
musicadas e palavras que foram de encontro aos seus mais angustiados anseios.
Pessoas são transformadas e levadas a receber a Cristo como seu Salvador. Que
mais vamos querer??
Ponto dois: a profissão da fé cristã não é necessariamente
feita baseada apenas no louvor direto a Deus, mas também na maneira como pregamos
dEle e dos valores cristãos através das artes, o que indiretamente também é um
ato de adoração. Portanto, ao usar o rock and roll e mais precisamente o heavy
metal para testemunhar da inevitável felicidade e livramento através de Cristo,
estamos Lhe rendendo glórias, mostrando que Ele é o ponto de partida para que a
poética das canções contenha suas respectivas mensagens.
Infelizmente, no lado de cá, a maioria cristã não compreende
isso e não procura estudar, analisar e reter que ritmo nenhum é demonizado, a
menos que o demonizem, mas não que seja maligno por si só que Deus não possa
agir através daquilo, até mesmo santificar. Não vamos dar ao diabo o que ele não
tem, porque as únicas coisas que lhe são próprias são o matar, o roubar e o
destruir.
Os não cristãos até hoje, em grade parte, não engolem ter de
ir a uma festa de metal que exibirá músicos crentes (e de músicas cristãs) no
palco. Seus motivos são variados, e aproveito aqui com toda licença por ser
autor deste post para acrescentar mais um entre os que já foram ditos nos dois
posts: talvez nos vejam ainda com os olhos do preconceito e do estereótipo de
que o crente é aquele chatolino que entrega panfletos na rua ou que fica
berrando em vias públicas, ou convidando para ir a um culto ou o que seja. Bom,
os tempos mudaram. E, querendo ou não, se os crentes tem competência, talento,
inteligência e conteúdo, eles sempre estarão se destacando e “se metendo” onde “não
deveriam”, se é que me faço entender.
Entretanto, no meio disso tudo, existem alguns dados
infelizes: o que adianta todo esse discurso se algumas bandas mundo afora caem na
demagogia? Elas próprias se rotulam de cristãs e pouco fazem para deixar isso à
mostra. Rendem-se ao mercado, começam a apenas fazer um som, deixam de se
envolver. Pode até parecer radical de minha parte, mas banda que é banda de
rock gospel ou qualquer subgênero metaleiro, precisa dar a cara a tapa,
defender seu Jesus com unhas, dentes e guitarras. Se cremos que Deus tem muito
mais a nos dar no futuro, quando formos morar no céu, por que se importar em
ser discreto e quase oculto para esse mundo?
Esta foi a continuação do tema. Algo pode ter ficado um
tanto obscuro, mas creio ter passado o essencial do que eu vinha pensando a
respeito. Aproveite para deixar sua observação, leitor. Fique à vontade!
Um comentário:
Não sei..
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