Um tema polêmico, alguns me disseram. Para mim, pode até
ser, mas antes de tudo é um tema que eu quero tratar por me interessar, e
porque gosto de dar pitaco naquilo que eu posso e me sinto capaz.
A pergunta norteadora desse artigo é: “Há espaço para Deus
no rock and roll?
Bem, já que este é um blog cujo slogan diz “um servo de Deus
de olho em tudo”, então sinta-se à vontade para deixar de ler este texto aqui.
Obrigado.
A quem continuou, vamos em frente: uma das grandes molas que
ajudam a engrenagem desse papo a funcionar é a seguinte: Deus e rock tem alguma
coisa a ver? Vamos por partes. Primeiro: quem é Deus? Depois, o que é o rock?
E, por fim, por que existiria suposta disparidade?
Deus, no conceito cristão, é o nosso Criador, gerador da
vida e provedor de nossas necessidades, além de Pai. Ele é considerado um poeta
de riqueza singular e infinita, cuja criatividade não tem medida. Portanto, um
Artista Soberano.
O Rock é um gênero musical nascido nos Estados Unidos, oriundo
da arte e do sentimento dos negros, na transição da liberdade da escravidão até
os primeiros rompantes musicais universais acionados por estes.
Agora, por que a disparidade? Deus e o rock aparentemente
são opostos entre si por conta das origens do ritmo musical, ditas profanas,
desenvolvidas em ambientes e situações de rebeldia e irreverência ao
comportamento puritano. Algum especialista me corrija se eu estiver errado.
No entanto, vale lembrar que rock é expressão artística,
música. Como tal, foi criado como recurso para difundir ideias, mensagens (boas
ou não) ou apenas para entreter. Sendo assim, fazendo-se valer de ferramentas
para pregar o evangelho de uma maneira que alcance longas distâncias que muitas
igrejas não conseguem, cantores e bandas tem se esforçado para obter um espaço
para sua música de cunho militante, mas que mesmo assim mantém qualidade e
fidelidade ao rock, tecnicamente falando.
Outra coisa que contribuiria, teoricamente, para essa
aproximação do rock com o Senhor é os dois estarem atrelados ao emblema da
arte. Deus, um Ser criativo e versátil, e o rock, com sua inconstância
artística e boas sacadas a respeito do mundo e da vida.
Sabe-se que o rock passou as últimas décadas apedrejado por
sua suposta relação íntima com satanás. Até o papa Bento XVI já declarou certa
vez que os cristãos não deveriam ouvir o som, por este ser um estimulador das
paixões humanas. Mas seria o rock tão somente isso?
Bem, primeiro de tudo, que existe satanismo e apologias a
demônios é fato, mesmo que seja golpe de marketing ou seriedade. Ou os dois,
rsrs. Por outro lado, fazer rock para o diabo e crer veementemente que ele foi
criado para venerá-lo ou para se opor a toda ideia cristã de organização, aí já
é um tanto de absurdo. Música, que foi algo criado no céu, nada mais foi do que
deturpada pelo diabo de muitas formas aqui. O diabo não inventou nada, e se há
algo inventado, criado por ele, é a mentira.
O cristão roqueiro, que se sente na incumbência de pregar a
salvação de Cristo e compartilhar suas experiências com seu Deus, vê no rock um
brilhante caminho para essa ideia se difundir, expressada de uma forma que o
peso da verdade que ele conta seja intrinsecamente unido ao peso do som que
estará executando. Isso se chama arte, mas também se chama evangelismo. E não
creio haver nada de errado nisso.
Como eu tenho muito a falar sobre esse tema, reservo mais
conteúdo para uma ou duas continuações, a acontecer em outras ocasiões em
breve.
Agradecimentos especiais: Àqueles que me ajudaram com suas
opiniões a montar esse post, que terá continuação pelo conteúdo ser muito
extenso:
Jéssica Alves (jornalista do “Tribuna Amapaense”, vizinha,
amiga e roqueira); As cantoras de rock local Hanna Paulino (banda Hidrah) e
Vanessa Rafaelly (Seed falls); Ao meu amigo Igor Reale (do jornal da vida,
kkkkk... blogueiro e crítico de tudo, ex-colega de Yázigi, apreciador de
artistas que só ele gosta, kkkk) e ao amigo Robson, amigo de longos papos
cabulosos-filosóficos no msn, também ex-colega dos tempos do inglês, fã de rock
e aspirante a crente, hehehe... Valeu, povo!
3 comentários:
Eu acho que independente do ritmo(por que tem gosto pra tudo)o que importa é a letra,a mensagem que a musica procura passar,como cristãos temos o discernimento pra isso!
O importante não e o ritmo e sim o que prega!
Já ouvi Rocks realmente qe tocaram meo coração,outros que causaram nojo..
Assim por diante.
Acho que Deus pode estar em todos os lugares, sem que isso se transforme em música Gospel, que eu acho um saco. Sou uma gótica cristã, pow. O que importa é passar uma mensagem com a música, com a letra, como disse a Jacke.
Obrigada por ter lembrado da minha humilde "contribuição"!!
E realmente é um tema mega polêmico...Vamos ver os próximos episódios dessa sua pesquisa!!
Postar um comentário