Confira o final dessa saga maluca, musical e... Bah, confira! E se acompanhou tudinho, comente o final. Boa leitura!
Flautino acordou naquela manhã decidido a
fazer uma busca mais determinada pela música perfeita.
Primeira coisa que quis fazer para relaxar
corpo e mente foi tomar um banho na piscina. Entretanto, antes de mergulhar,
viu uma burguesinha
acompanhada de seu namorado, um bombadão com cara de menino do rio. Eles se dirigiram ao gerente da hospedaria
reclamando: “A tua piscina está cheia de ratos!”. Eruditus ouviu isso e ficou com nojo, voltou para seu quarto querendo
vomitar. De tão atônito, acabou pisando sem querer num gato que fez “créééu,
créééu” de raiva de Eruditus.
Nosso amigo foi tomar o café da manhã no refeitório da hospedaria. Um dos
hóspedes, que tinha certa deficiência mental e era conhecido como Maluco
Beleza, saiu gritando por todo o
local que faltava um minuto para o fim do mundo. Passaram-se muitos minutos e nada aconteceu.
Quer dizer, aconteceu sim.
Flautino reencontrou Calipso, uma antiga amiga, que confessou a ele seu
amor. O jovem não gostava da conduta dela, a quem todos cantavam e cuja
popularidade incomodava Eruditus. Calipso ficou a dizer “amor I love
you”, mas o rapaz não se rendeu
e lamentou não poder corresponder. Ela insistiu dizendo: “Eu vou
equalizar você, gatão”. O que ele não
sabia era que Calipso também era feiticeira e prometeu a si mesma fazer algo para
conquistá-lo ou prejudicá-lo. Flautino caiu na estrada logo em seguida,
escandalizado em como as moças se ofereciam. Sentiu saudade de uma antiga
namorada: “Amélia é que era mulher de verdade”.
Dali a alguns minutos, presenciou uma
multidão que assistia atônita a um pastor evangélico gritando: “Xô,
satanás”. Curioso, Flautino perguntou
a uma mulher de 40 o que
estava acontecendo. “O pastor está expulsando demônios. Acho que é uma legião urbana ou então demônios da garoa”, respondeu a cidadã. Para não se atrasar,
Eruditus foi embora.
As ruas estavam cheias de buracos, mas para
nosso cavaleiro ambulante foi fácil, extremamente fácil percorrê-las. Depois, ele desceu por uma
ladeira enorme, indo parar à beira de uma praia nudista. Ele viu uma cabana esquisita, feita de tarumã, com teto de vidro, cheia de peladões que, como se percebeu,
estavam sem lenço, sem documento.
Escondido, Eruditus roubou um barco para
poder atravessar o rio. Tudo correu bem e, do outro lado, havia uma cidadezinha
cujas ruas tinham cheiro de óleo diesel e gasolina, por todos os cantos. Uma dama de
vermelho passeava com seu cachorrinho, uma adolescente segurava um bicho peludo e
estranho chamado tchan, como se
lia na coleira do animal.
A única felicidade de Flautino foi de sentir que faltava pouco
para encontrar a música perfeita. Com sede, o rapaz parou num bar e pediu um
suco, porém o garçom avisou que ali só serviam cerveja e, para gripados, chá de limão com mel. Chateado, nosso amigo seguiu estrada. Um
homem passou indignado, denotando revolta, porque resmungava: “ A lua me
traiu”.
Aquele era um dos motivos pelos quais
Flautino Eruditus procurava a música perfeita. Provavelmente ela traria a paz, a alegria e uma consicência de amor maior entre aquela gente. Um homem vestido com uma fantasia bizarra de anjo
abordou Flautino e lhe disse: “Ei, cara, eu sou um anjo bandido,
passa a grana aí!”. Aflito,
Eruditus jogou suas maõs para o céu, lembou-se de sua mãe e de seu pai, sussurrando que não tinha dinheiro e o assaltante o matou, cortando-o
com uma linha após passar cerol na mão. Assim aconteceu, Flautino Eruditus teve a vida interrompida sem obter
êxito, sem achar a música perfeita.
Agora, cá entre nós, estava ele procurando no
lugar exato? Quem sabe?
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