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28 de maio de 2010

...WE COULD WRITE A BAD ROMANCE...



Ooohh… Ooohhh… Caught in a bad romance… Calma, leitor, este blog ainda favorece a boa língua portuguesa. Se o leitor não se familiarizou com o título e nem com as primeiras palavras deste post, “está por fora”. E muito, por sinal.
Novamente, calma! Nem sempre estar por fora significa que se está numa posição inferior. O título deste post faz referência a um trecho da música-febre “Bad Romance” da comentadíssima Lady Gaga (sim, leitor, Lady Gaga).
Não sei seu nome real e nem me dei ao trabalho de pesquisar. Antes que alguém pense que este é um texto antiLady Gaga ou antiLady Gaguianos, não é bem a intenção. O objetivo é unicamente fazer uma reflexão crítica do quadro em que se encontra nossa juventude atual, sobretudo os adolescentes. De uns anos pra cá, com o advento do rock emotivo (ou emo), muita coisa em termos de valores musicais e comportamentais tem mudado. Para pior, eu diria. Inclusive, o movimento cresceu tanto que rasgou as barreiras do emo e já está até sendo chamado de “happy rock”.
Não sou psicólogo, pedagogo, crítico musical ou qualquer tipo de especialista com respaldo científico para dizer algo, mas sou um indivíduo com bom senso, caráter e raciocínio. Portanto, capaz de me manifestar.
Pois bem, tem havido uma enorme superficialidade no que tange ao consumo por parte dos nossos adolescentes. Demonstram uma grande incapacidade de expressar sentimentos profundos e nobres, mas tem se entupido de músicas de artistas cujas letras trazem mensagens de amor, alegria, carinho etc (pelo menos as letras). Contraditório? Mais ainda é saber que, influenciados por uma certa glamourização de determinados artistas (aí entra Gaga, Britney e outros astros “controversos”), nossos jovenzinhos passam a viver como zumbis culturais, repetindo e cantando coisas que muitas vezes nem entendem.
O título do post, por exemplo, é definitivo em relação ao fato de que poucos ouvintes da atual música pop sabem o que estão escutando, do que se trata, e menor ainda é o número daqueles que dedicam tempo a descobrir quem é seu artista preferido de um ponto de vista crítico. Contentam-se que o Cine lançou um clipe novo, e que se danem os detalhes por trás da produção do clipe, o importante é que o DH é um “fofo”. Deslumbram-se com os ataques de bizarrice da Lady Gaga, com a exuberância da Beyoncé, com o rostinho de bebê do Justin Bieber e com a sensualidade na voz da Britney. São tomados por uma idolatria tola e se esquecem (ou nem sabem mesmo) que isso é puro reflexo de um comércio preparado meticulosamente para ganhar dinheiro às custas deles, com produtos que em geral os alienam e os fazem se sentir “por dentro da onda”.
Mais revoltante, na minha opinião, e que me desculpem aqueles que discordarem, é a eternização desnecessária da Malhação. Somando-se a tudo já dito, a presença da Malhação só piora a coisa toda, terminando de cravar a estaca da demência cultural que tem lançado pesadamente modas e costumes entre nossos adolescentes. Claro que não posso culpá-los 100% disso, já que essa idade não é muito favorável para despertar o senso crítico de que estão sendo enganados. Dou graças a Deus por não ver (ainda) meninos e meninas por aí deixando de lado a linguagem amapaense para fixar uma gíria “muito irada, de uma galerinha que está sempre metida em altas confusões”, como diria o bom e velho locutor da sessão da tarde.
Se a situação não melhorar conforme esses adolescentes crescerem, suas vidas terão grandes chances de dar em verdadeiros “bad romances”. 

4 comentários:

Unknown disse...

É fato que cada dia mais coisas "enlatadas" tem sido lançadas aos jovens e adolescentes.Algo realmente preocupante pois estão em formação de carater e são mto maleáveis (até certo ponto). A personagem em questão citada Lady Gaga chama a atenção por ser irreverente,extravagante e sem mto (ou nenhum) pudor.
Concordo com vc Marvin mas para ser bem sincera naum vejo mtos meios de se mudar algo que o "mundo" jah aceita com tanta naturalidade, o que me entristece pois dia após dia caminham na contra mão de Deus.

✿ Regiane ✿ disse...

E assim caminha a humanidade.
Linda postagem.
Obrigada pelas palavras de carinho em meu jardim.
Tenha uma ótima semana.
Com carinho, Lady.

Franciéle Romero Machado disse...

Concordo com sua opinião, se eu fosse falar sobre isso falaria bem nesse contexto, eu não estou nessa linha, para começar para mim música boa tem que ter bom conteúdo e totalmente diferente de agora, eu fico bisbilhotando músicas, até já vi dessa cantora e de uma banda de Happy Rock e achei sem conteúdo, eu se vou escrever uma música, sou muito exigente mesmo que ninguém cante, tem que ter sentimento, espressão e não frases tão comuns, mas percebe-se que muita gente vira fã porque o cantor ou a cantora são lindos, isso deu bem para perceber, é evidente, a juventude acha tudo perfeito, não há bom senso, esse assunto é importante, também como o assunto que é a falta de leitura, a falta de expressão para o jovem...

Boa Tarde!
Bjos.

Isabela Nery disse...

Adorei esse post, e olha... é realmente decepcionante ver que há tantas músicas e coisas boas para se ouvir e se aproveitar e ainda fazem tanta questão desse ciclo comercial (sabe-se lá o que vem depois da Lady Gaga), que só acaba com o dinheiro dos consumidores e com as boas influências. Afinal, o que de bom pode trazer tal "modinha" ?